“O nosso Governo, através desta Autoridade, tem avançado com esforços conjugados na inclusão dos cidadãos, quer através da massificação das Tecnologias de Informação e Comunicação, quer através da garantia de acessibilidade aos serviços das telecomunicações pelas comunidades”, afirmou Paulo Auade, Governador da Província de Tete, na abertura oficial, hoje, da XIII Reunião Anual de Balanço e de Planificação do INCM, a Autoridade Reguladora das Comunicações.
Para reforçar as suas palavras, o timoneiro da província acrescentou que Tete já tem três praças digitais, nos distritos de Angónia, Moatize e cidade capital.
“Sentimo-nos, igualmente, honrados com as efectivas acções de fiscalização realizadas pela Delegação de Tete, que têm contribuído grandemente para o combate ao uso ilegal das telecomunicações, às interferências nas comunicações, aos crimes cometidos através de telemóveis, e a outros males originados pelo incumprimento de regulamentos do sector”.
Participaram, na cerimónia de abertura oficial desta reunião anual de balanço da Autoridade Reguladora das Comunicações-INCM, Américo Muchanga, Presidente do Conselho de Administração, Massingue Apala, Di
ector-geral, Romeu Sandoca António, Director Provincial dos Transpportes e Comunicações, Ana Beressone Marcelino, Administradora do distrito de Cahora Bassa, entre outros quadros e convidados.
INCM estará reunido até ao dia 13 de Dezembro (sexta-feira), na Vila de Songo. A XIII Reunião de Balanço e Planificação decorre sob o lema “Quarta Geração da Regulação das Comunicações: Impulsionando o Desenvolvimento e Inclusão Social”.
Comunicações em Tete
Na província de Tete encontram-se licenciados e em funcionamento oito operadores de serviços postais, um operador do serviço de telefonia fixa, três operadoras de telefonia móvel celular, 10 operadores de serviço de transmissão de dados e internet, um operador do serviço de televisão por cabo e 15 operadores de serviços de valor acrescentado.
Em termos de cobertura de telefonia móvel celular, todas as sedes dos 15 Distritos estão cobertos. Dos 37 Postos Administrativos, apenas um não é coberto, que é o Posto Administrativo de Chipera, no Distrito da Marávia, e das 127 Localidades existes, apenas 92 estão cobertas.
A telefonia fixa cobre 14 das 15 sedes distritais da Província, com excepção de Luia, sede do Distrito de Chifunde, que ainda aguarda a instalação da rede fixa.
Os subscritores dos serviços móveis são, actualmente, mais de 750 mil, sendo que os dos serviços fixos são apenas cerca de 270 mil.
No que concerne a projectos, estão planificadas 38 localidades para a instalação da Televisão Via Satélite na nossa Província e, destas, já foram instaladas 33 localidades, no âmbito do Projecto de Acesso à Televisão por Satélite para 500 Aldeias em Moçambique.lmente, mais de 750 mil, sendo que os dos serviços fixos são apenas cerca de 270 mil.
No âmbito do Projecto do Fundo do Serviço de Acesso Universal (FSAU) – Quarta e Quinta Fases, na província foram instalados e encontram-se em funcionamento seis sites.
O Fundo do Serviço de Acesso Universal tem estado a trabalhar com a Vodacom e a com Movitel no sentido de materializar o trespasse dos sites geridos pela empresa Tmcel.
Auade destacou importantes desafios para Tete, como a segurança cibernética das infra-estruturas críticas, massificação do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação pelas comunidades e promoção da literacia digital.
Segundo o Governador, continuam preocupantes as reclamações da população, nas zonas fronteiriças, sobre o roaming que, “constantemente interfere nos aparelhos dos usuários, estando em território nacional”, situação que deve ser ultrapassada, “pois está em causa a auto-estima das nossas comunidades”.
A Autoridade Reguladora das Comunicações de Moçambique (ARECOM) e a Financial Sector Deepening Mozambique (FSDMoç) assinaram, hoje, 29 de Novembro, um memorando de entendimento que visa oficializar e fortalecer as relações existentes entre as duas instituições nos domínios de desenvolvimento das tecnologias viradas para inclusão financeira.
Este memorando, segundo o Presidente do Conselho de Adminsitração da ARECOM, vai elevar o nível do sector de regulação das tecnologias. O financiamento de projectos vai estimular a redução gradual do custo dos processos de pagamentos electrónicos e torna-los mais abrangentes.
O Encontro de Altos Dirigentes (EAD) da Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP) abriu, ontem, dia 25, as portas em Viseu (Portugal). A delegação da ARECOM, chefiada pelo Director-geral, Massingue Apala, vai partilhar, neste evento de dois dias, a experiência moçambicana nesse âmbito.
De acordo com a AICEP, a edição deste ano do EAD, mantendo a pretensão de partilha de conhecimento entre todos os intervenientes, foca-se no tema “O Digital e o Futuro dos Negócios” e a forma como as organizações, designadamente as associadas da AICEP, através da Inovação, podem criar valor, seja para os seus clientes, para os respetivos mercados, ou para a sociedade em geral.
A fonte que citamos defende que a ubiquidade do digital na sociedade dos nossos dias há muito que deixou de ser uma opção na transformação dos modelos de negócio e dos negócios em si. Salienta, ainda, que a transformação interna é imperiosa para que as empresas e quaisquer outras entidades se possam reinventar e apresentar sob uma nova dinâmica atraindo novos clientes e conquistando espaços de oportunidade que o digital traz consigo.
Maputo será o centro das comemorações, a 7 de Dezembro próximo, a nível do continente, do Dia Africano das Telecomunicações, que, este ano, decorrem sob o lema “Usando Tecnologia para salvar vidas: Comunicações de Emergência para Redução e Gestão de Riscos de Desastres Naturais".
No workshop comemorativo (5-7 de Dezembro) – o programa inclui também uma marcha -, organizado pela União Africana das Telecomunicações (ATU) com a colaboração da Autoridade Reguladora das Comunicações de Moçambique (ARECOM), haverá partilha de informação e de experiências relativas ao combate às calamidades e mitigação do seu impacto, usando as telecomunicações de emergência. Casos de estudo sobre Malawi, Moçambique e Zimbabwe que, no início deste ano, sofreram com o ciclone Idai, estarão no centro das atenções.
Cerca de 150 participantes oriundos de diversos países africanos, incluindo convidados da União Internacional das Telecomunicações (UIT) e outras organizações participarão no workshop comemorativo. Moçambique será representado por vários convidados do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades, Ministério de Interior, Marinha de Guerra, Cruz Vermelha, entre outras instituições, incluindo a própria ARECOM.
Estabelecida em 7 de Dezembro de 1999, a ATU, hoje, com 44 Estados-membros e 16 membros-associados, é a principal organização continental que promove o desenvolvimento de infra-estrutura e serviços de tecnologias da informação e comunicação. Ela contribui para a formulação de políticas e estratégias eficazes destinadas a melhorar o acesso à infra-estrutura e serviços de informação.
Além disso, a União representa os interesses de seus membros em conferências globais de tomada de decisões e promove iniciativas destinadas a integrar mercados regionais, atrair investimentos para a infra-estrutura de TIC e fortalecer a capacidade institucional e humana.
O Ministro dos Transportes e Comunicaçoes, Carlos Alberto Fortes Mesquita, defendeu, hoje, na abertura oficial da MOZCYBER (II Conferência Nacional sobre a Segurança Cibernética), que a segurança cibernética é prioridade do governo.
“O Governo de Moçambique tem a questão da segurança cibernética como uma das suas prioridades”, declarou.
Avançou, como fundamento, algumas acções levadas a cabo, como a aprovação da Lei das Transações Electrónica, elaboração da Política Cibernética e a respetiva Estratégia, criação de mecanismos para a certificação digital, melhoramento das condições de acesso e funcionamento das telecomunicações, aprovação de regulamentos que visam reforçar a segurança das redes de comunicações e o reforço das acções com vista a aprimorar o processo de registo de cartões SIM.
Na presença de mais de 500 participantes, abarrotando o Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, num evento organizado pela Autoridade Reguladoras das Comunicaçôes dd Moçambique (ARECOM), Mesquita concentrou-se em aspectos fundamentais que transcrevemos.
TIC na solução das necessidades básicas
As Tecnologias de Informação e Comunicação estão a se tornar cada vez mais indispensáveis para os moçambicanos realizarem as suas actividades quotidianas, desde a interação entre familiares e amigos, acesso e melhoria da qualidade da educação e saúde, gestão das suas finanças, entre outras necessidades básicas da vida de cada um de nós.
O telemóvel e a internet tornaram-se ferramentas indispensáveis para a vida harmoniosa dos moçambicanos, sobretudo para aceder a serviços básicos, facto que deve regozijar a todos os actores da área das telecomunicações, por estarem a desenvolver esta ciência para trazer respostas concretas `as necessidades da população e da economia moçambicana.
Com o desenvolvimento e massificação do acesso `as Tecnologias de Informação e Comunicação surge um novo desafio que se prende com a necessidade de garantir que as pessoas disfrutem destas conquistas de forma segura.
Protecção de dados
No mundo cibernético, os dados referentes a nossa identidade, situação de saúde, relações sociais e profissionais, transações financeiras e outras, são suportadas por sistemas e tecnologias na Internet, daí haver uma forte necessidade de termos a certeza de que os mesmos não correm o risco de serem expostos e, consequentemente, propensos a serem desviados ou mesmo viciados, causando um nefasto impacto para os utilizadores das TIC e para a economia nacional. Sendo este o principal objectivo deste encontro.
Segurança cibernética como necessidade básicaA segurança cibernética tornou-se numa necessidade básica para o desenvolvimento sustentável da economia, bem como para a melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos, tal como refere o lema desta Conferencia: “Cidadão Seguro no Ecossistema Digital”.
Assim, desafiamos a todos para que durante estes dois dias, portante, hoje e amanhã, façamos uma introspeção, sobre como a comunidade académica, Reguladores, provedores de serviços público de telecomunicações, utilizadores e o publico em geral podem contribuir para uma verdadeira busca de soluções em prol da segurança das pessoas e da economia na Internet.
Ė nossa convicção que a problemática da segurança cibernética não deve ser encarada como assunto exclusivo do Governo e das instituições publicas. A realização desta Conferencia reforça a abordagem conjunta e global deste tema.
MOZCYBER assistido no país e mundo
Assinalamos, com agrado, o trabalho realizado que permite que esta Conferencia esteja a ser acompanhada on-line no país e no mundo em geral. Este feito inovador engrandece ainda mais a base de discussão e assegura que todos se sintam envolvidos e possam dar o seu contributo para a materialização dos objectivos deste evento.
Ė nossa expectativa que saiam deste encontro contribuições concretas sobre como o País deve se posicionar para fazer face aos riscos do uso da Internet, devendo os organizadores produzirem uma matriz de acções para a operacionalização das contribuições a serem dadas nesta conferencia.
Operacionalização das acções
A matriz de operacionalização das acções de promoção de segurança cibernética a ser produzida como resultado desta Conferencia, deverá conter acções, com prazos concretos, responsabilização de todos os intervenientes, por forma a que estas sejam monitoráveis para que esta conferencia não seja apenas mais um encontro de mera reflexão e descrição de problemas. Precisamos de ideias aplicáveis para a melhoria da segurança cibernética no Pais e este e’ o fórum apropriado para produzir e sistematizar essas ideias.
Segurança cibernética comno prioridade do Governo
O Governo de Moçambique tem a questão da segurança cibernética como uma das suas prioridades. Nesse contexto, o nosso Presidente tem estado, de forma incansável, a realizar acções de vulto em prol da segurança e manutenção da paz no Pais.
Acções de promoção da segurança cibernética
De entre as acções de promoção da segurança cibernética realizadas pelo Governo de Moçambique podemos destacar as seguintes:
Não obstante os resultados conseguidos, que permitem que o País use a Internet em relativa segurança, reconhecemos persistirem ainda alguns desafios que gostaria de ver discutidos nesta Conferencia, nomeadamente:
Estímulo ao investimento no Sector
Como Governo, continuaremos a criar um ambiente para que os actores no mercado das telecomunicações sintam-se estimulados para prosseguir com investimentos para a melhoria do acesso e qualidade dos serviços prestados, ao mesmo tempo que se observam as questões de proteção dos usuários e da economia nacional.
Para além da expansão da rede de telecomunicações, o País implementou, nos últimos anos, projectos estratégicos de massificação do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, como são os casos do processo de Migração de Radiodifusão Analógica para Digital, Projecto de televisão via satélite para 500 aldeias moçambicanas, o Projecto de Praças Digitais, construção de Centros Multimédia Comunitários, entre outras iniciativas.
Como perspetiva, o Sector está a trabalhar para a consolidação destas conquistas, prosseguindo com a expansão dos serviços de 4G para todos os distritos e postos administrativos, implementar os serviços de 5ª geração nas capitais provinciais, prosseguir com a reforma legal, entre outras acções.
Mudanças climáicas e segurança cibernética
O advento das mudanças climáticas que está a tornar os eventos climáticos mais severos, como os recentes casos dos ciclones IDAI e KENNETH remete-nos a um conceito mais abrangente sobre a segurança cibernética havendo necessidade de incluir, nesta reflexao, todos os outros elementos que podem afectar a prestação continua dos serviços de telecomunicações.
Sobre a atitude patriótica das operadoras
Aproveitamos esta oportunidade para, em nome do Governo, reiterarmos o nosso apreço e reconhecimento pelo empenho e sentido patriótico demostrado pelos operadores das comunicações na reposição imediata dos serviços de comunicações nas províncias afectadas pelos fenómenos IDAI e Kenneth.
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